quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Breaking

Um misterioso impacto nos pensamentos confusos não muda nada quando estes já se encontram em uma fase onde toda a mudança apenas serve de consolo para os mais observadores. Se há mudança é porque há conflitos. Se não há, é anti-social. É de se agradecer aos demais, pois são alvos dessas incontroláveis inquietações que atordoam essa mente onde as distorções maléficas e friamente calculadas prevalecem. De todo o modo, deixe que se façam valer a atenção, a opinião, o ser afetuoso. Do resto, que passe como vento. Daqueles que contam amigos, pouco sabem usufruir de uma boa companhia..

terça-feira, 1 de novembro de 2011

17 de outubro

As coisas mais impressionantes normalmente nos chocam, e as vezes o choque é necessário para tirar-nos da inércia. Sempre olhar para frente, para enxergarmos mais longe. Sair do parâmetro normal nos assusta. Mas o que seria certo então? Se não o social será o certo, ou o que realmente acreditamos? Sempre aprender...essa é a mensagem...

sábado, 6 de agosto de 2011

Lendas

Quando Amy morreu, virou uma lenda. Tinha 27 e ponderei sobre isso para comentar. Surgiram tantos tributos e tanta lembrança para a mulher, que deixei esfriar. Mas ela virou uma lenda.
Curto a definição de Lenda da wikipedia, que acaba virando um mito. Talvez as coisas não fiquem claras, mas logo podemos perceber que a morte prematura de alguém com o mínimo de talento acaba aquecendo e muito o mercado. A questão é por que as Lendas, por que ídolos e por que mitos?
Não consigo processar isso muito bem, a idolatria. Ou a imortalização. Claro, existem músicas, peças e filmes fantásticos, artistas de diversos gêneros que são fabulosos e que não conseguimos muitas vezes nem compreender o que querem nos passar. Mas essa arte fantástica gera ícones de gerações inteiras que acabamos por seguir, idolatrar e quase sempre sufocar...Muitos que viram ídolos normalmente não queriam nada do gênero (Kurt Cobain, por exemplo), mas acontece. Acho que o ser humano necessita admirar algo ou alguém como se fosse diferente ou intocado. Talvez daí o conceito de deus. Ou Deus. Bem isso é outro papo. Mas mesmo assim vou sentir saudades da Amy. Como do Kurt ou do Fred. Gente importante pra música.

sábado, 16 de julho de 2011

Irreversível

Nesta fração de segundos que se seguem, a vida humana pouco significa. A matéria é carregada de pesos que o tempo não poupou-se em descarregar. Eis a passagem da qual espero ansiosa. Uma viagem de trem sobre as lembranças de um ser que tentou. Ao máximo desta jornada interminável, a crença por algo, seja profissão, família, se encerra. Não há uma vida que acredite que desta experiência humana que somos falsamente manipulados a correr contra o tempo, se renda a escuridão eterna. Não queremos acreditar, e não podemos acreditar. Nesta infinidade de anos que nos criamos, ainda duvidamos do que se segue após a deixa de nosso corpo, a morte. A leveza com a qual sonhamos, aquele descanso longo, a falta de preocupação, ocorrerá quando deixarmos de crer que vivemos por apenas uma vida. E os erros que nos perturbam dia após dia se extinguirão, na queda e na deixa destes para trás.
Somos fracos, mas persistentes. Fracos o suficiente para persistimos no que não podemos fazer. E ao sermos julgados nos armamos para aquilo que nos derruba. Humanos. Humanos hipócritas que bloqueiam suas mentes para seu próprio interior. Humanos que acreditam no apocalipse e que o mundo acabará em 2012. Humanos que sabem dizer não e fechar as portas na cara do seu companheiro. Se consideram tão cheios de si, que não sabem o quão mal se defrontam. E ao dormir rezam. Rezam por alguém que duvidam a existência.
Nossa maior fraqueza é o físico. Aparência pouco importa! Estúpidos seres que a encaram como a perfeição divina. Divino disto pouco é. Será tão nobre a sua alma, tão esclarecedora dos fatos, tão absinta dos pudores do mundo? E chegará um dia em que estará tão absordo dos acontecimentos que se renderá, e então aquela sensação de liberdade tomará conta do que realmente é. Não precisará mais lutar por aquela razão que no inconsciente delirante te arrebenta com os pensamentos. A verdade te encontrará, sem que precises. O incógnito, o indecifrável receio do solitário te abraçará. As doces manhãs de domingo serão rotineiras. Por fim deste mar do que pouco conhecemos, nos limitamos a crer, e a repousar em cima do real.
Crucifique-me por tais ofensas. Ainda há tempo para mudar. E aquelas lágrimas que escorreram por estes olhos, se esvairão. Um retorno, uma renascença. Rostos iguais aos seus dão seu último suspiro todos os dias.
Da sua qualidade e palavras gentis, não podem curar agora.
Dê uma olhada no céu que te cobre. Perceba além de seus mistérios um apoio para suas mudanças. Não diga adeus para aquele que te encontrará mais tarde. Tudo está marcado no tempo para desaparecer, até que seja permitido ser livre.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uma visão sob as lentes de uma geração

Acredito na fidelidade dos fatos, os que ocorreram e os que estão dádivamente acontecendo. As incertezas nada mais fazem parte da vida quanto da rotina cotidiana que nos deparamos, nessas horas intermináveis e neste ecossistema de gerações que fazem por evoluir absurdamente tão rápido ao ponto de pensar que estou ultrapassada, ainda beirando minha juventude. E quem diria que a idade chega. E chega pra todos, meu bom leitor. Pensava aos meus 16, e por consequência achávamos que sabíamos de tudo, que os que tinham 30 eram fora de época. Me precipito em pensar que os mais jovens são mais hábeis e que essa juventude de hoje está se tornando mais precoce em relação aos fatos que antes abordávamos mais tarde. Penso que vive-se no mundo em que a comunicação prevalece, mas a comunicação intelectual. Não troca-se cartas, não liga-se para saber como está o amigo. Um "oie" no msn e basta. Esta nova geração entra em conflitos por não saber lidar com as situações que não sejam orkut, msn, twitter, facebook. Uma liberdade predominante neste cenário vasto que é a internet: o conhecimento ilimitado. Conhecimento este, cercado por falsas verdades e crenças. Não há sábios no mundo de hoje, não há filósofos, aqueles por quem discuti-se por anos após anos, destacando suas dialéticas, pondo em crítica e observação a serem julgados seus métodos e pontos de vista. A maneira como se busca o conhecimento faz com que possamos distinguir daquele que possui a sabedoria obtida por aquele que a copiou, sendo então uma mera cópia daquele que a fez por merecer. Vive-se por metamorfoses. Procura-se uma diferenciação no meio de tanta gente igual, com pensamentos e linhas de raciocínio que levam para um mesmo parâmetro. Nascemos predestinados a seguir um caminho, a seguir um regime, uma forma de vida que perdemos com os passar dos anos. Nos camuflamos para obter resultados. Mas apesar de estarmos envelhecendo a cada minuto que se segue, estamos em constante mudança, tanto de adaptação quanto de valores percorridos por esta longa estrada que é a vida e a convivência com nossos semelhantes.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Traiçoeiro

De que vale uma reflexão se não achamos o sentido verdadeiro para este? Pensamentos, sentimentos, atos. Uma visão contrária deste que chamamos de Amor. Desejamos, sonhamos, planejamos e não vivenciamos muitas das nossas paixões que nos cercam por noites. Tais noites que as horas se arrastam e levam-nos ao destino do cujo tem pensamentos traiçoeiros com os nossos. E não há distração que possa retirá-lo de cena. Incrivelmente somos fiéis a um personagem criado por nós mesmos. Demos a ele um nome, uma personalidade e um amor existente. Existente no dito cujo. Criamos nosso próprio prólogo e entramos em cena, vagando sobre os lírios do mais profundo devaneio da mente. Mas com o passar dos dias, talvez meses para aqueles fora de sintonia, a realidade se depara e há o choque. Aquele ser do qual permaneceria por décadas em minha existência, não é mais do que uma mera pessoa comum. E o comum não satisfaz . Então saímos a procura de uma nova vítima, uma nova razão, um novo motivo para perder a noção de tempo e espaço. Alguém que mesmo estando presente em nossa vida, faça com que nos permita sonhar. E se não estiver, abrimos novamente nosso abismo interior para a caçada incessável que é o Amor.

sábado, 25 de junho de 2011

Return

Fomos poucos e fomos bravos. Ele acreditou no que éramos e que a música mudaria o mundo.
E que um dia, seríamos cults.
Somos mortais, meros mortais. Inquebráveis talvez, mas apenas mortais.
Somos as crias de um passado, talvez o pior do presente mas ainda somos o que resta para acertar o futuro...